sábado, 2 de julho de 2011

Alta Idade Média

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ALTA IDADE MÉDIA
            O início da Alta Idade Média se caracteriza em um período que está ligado aos movimentos migratórios dos séculos II e III. E nos século IV e V, é marcado pelas invasões bárbaras no território do Império Romano e a consolidação do sistema econômico feudal.
            Bárbaro, na visão dos romanos, era todo povo que tinha uma cultura diferente da greco-romana. A maioria dos invasores bárbaros era de origem germânica onde não tinham uma comunidade estruturada pelo Estado; viviam em grupos tribais constituídos pela família.
            A invasão bárbara, que antes tinha se caracterizado como um processo pacífico começou a ficar violento a partir do século IV. O momento era vantajoso para que os bárbaros concluíssem seus objetivos com êxito:
  • A população germânica estava crescendo imensamente, de forma que o espaço geográfico ocupado por eles estava ficando pequeno demais;
  • Eles queriam achar terras férteis para poderem expandir a agricultura e se sentiram atraídos pelo território romano;
  • O Exército Romano estava enfraquecido por falta de uma organização militar mais efetiva.
            Por volta do século V, o Império Romano Ocidental enfrentava uma grave crise. A economia havia perdido parte do seu dinamismo, limitando-se ao comércio de luxo, o que gerou uma revira volta, pôs a atividade econômica começou a girar cada vez mais em torno da vida rural. A crise favoreceu a invasão do império por diversos povos, sobretudo os de origem germânica. Povos como: Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS
            Os povos germânicos possuíam culturas distintas, porém tinham entre si na organização social, política e econômica.

            Os romanos, por desprezarem a cultura desses povos, os chamavam de bárbaros. Ao contrário do julgamento da cultura romana, os bárbaros eram constituídos por uma grande diversidade de povos dotados dos mais diferentes costumes. Ao invadirem os domínios romanos, os povos bárbaros transformaram e, ao mesmo tempo, criaram novas instituições políticas, econômicas e culturais.

            Sob o aspecto econômico, os germânicos adotavam as trocas naturais e o uso coletivo da terra. Tal característica enfraqueceu as intensas relações comerciais desenvolvidas durante o Império Romano. A economia estava voltada na agricultura e na pecuária. Tais atividades eram desempenhadas basicamente pelo grupo familiar. A metalurgia ocupou papel importante na sociedade germânica, a importância da guerra refletiu-se na fabricação de armas e carros de combate e barcos bastante eficientes.

            Sem dominar grandes técnicas de cultivo agrícola, os bárbaros faziam um uso itinerante das terras, utilizando-as até o total esgotamento da mesma. Mulheres e escravos eram responsáveis pelo cultivo e o pastoreio. Sem desenvolver uma luxuosa cultura material, os germânicos usavam roupas feitas a partir da pele dos animais e residiam em cabanas rústicas.

            Os povos germânicos tinham uma organização social patriarcal. O homem ocupava o posto de chefe familiar responsável pelas principias decisões referentes à casa, aos conflitos e as terras. Sem contar com bases políticas centralizadas, as tribos germânicas desfrutavam de grande autonomia política. Apenas em determinadas ocasiões, como durante uma guerra, que as tribos selavam acordos entre si.
            Do ponto de vista religioso, os germânicos eram animistas: acreditavam nas forças da natureza. Adoravam deuses como: Odin ou Votan, deus da guerra, acreditavam num paraíso, o volhalla, onde virgens guerreiras, as valquirias, entretiam os guerreiros.

Principais Povos Germânicos:

VÂNDALOS (429 - 534 d.C)
           
            Os Vândalos foram um povo de origem germânica, naturais da Escandinávia. Algumas incertezas que impedem de afirmar qual era a terra natal de tal povo, porém uma corrente de pesquisadores acredita que o território de origem seria o que hoje chamamos de Noruega. Este argumento fundamenta-se na similaridade do nome da tribo com outros nomes da mesma região.
            Em meio ao processe de migração, os Vândalos chegaram até três regiões que foram significativas para a sua história. Ao longo da marcha para o oeste, os Vândalos atingiram a margem do Danúbio e alcançaram o rio Reno, onde entraram em combate com os francos. Aproximadamente vinte mil vândalos morreram no choque entre esses dois povos, sendo que os francos só foram derrotados quando os Alanos entraram no combate para auxiliar os vândalos. Com o caminho aberto, atravessaram o rio Reno e invadiram a região da Gália saqueando e pilhando o que estava pelo caminho.
            Outra região muito marcante na história dos Vândalos foi a Península Ibérica. Esta foi penetrada por tal povo no ano 409 e no local receberam terras dadas pelos romanos. Os Vândalos tiveram um confronto com os Suevos no qual saíram derrotados.
            Outra localidade característica dos Vândalos foi o norte do continente africano. Através da construção de uma esquadra naval, eles cruzaram o estreito de Gibraltar  e atingiram Cartago, que caiu ao domínio dos Vândalos. A união com os Alanos gerou um poderoso reino que foi capaz de conquistar a Sicília, a Sardenha, a Córsega e as Ilhas Baleares.
            Divergências políticas e religiosas levaram o Reino dos Vândalos à decadência, sendo dominado pelo Império Bizantino em 534 d.C.

OSTROGODOS (493 - 553 d.C)
Os Ostrogodos se estabeleceram na península Itálica, em 493 d.C. Sob a direção do comandante Teodorico e o apoio do imperador Bizantino, estabeleceram um reino. Procurando formar um reino duradouro, mantiveram a estrutura administrativa dos romanos e estimularam a agricultura e o comércio.
            Porém a mistura entre os dois povos e a oposição religiosa entre os Ostrogodos (arianos) e romanos (cristãos). Em 553, o território foi tomado pelos bizantinos.

VISIGODOS (419 – 711 d.C)
            Em 419, os Visigodos formaram seu reino no sul da Gália e na península Ibérica. Os Visigodos são um povo originário de uma divisão entre os Godos.
            Os Godos são um povo germânico de origem Escandinava que surgiu em torno do ano 200. Em pouco tempo migraram para o sul e atacaram o Império Romano e a Grécia. Em conseqüência do ataque feito aos romanos, foram respondidos com severidade e se refugiarem na margem esquerda do Danúbio. Foi neste local que os Godos enfrentaram uma divisão interna e dividiram-se então em Visigodos e Ostrogodos.
            Os Visigodos são originários do leste europeu. Considerados povos bárbaros pelos romanos, os Visigodos entraram em conflito com o Império de Roma em algumas ocasiões. Mas apesar dos atritos, os Visigodos absorveram muitas características dos romanos. Os Visigodos percorreram um caminho na Europa que começou nos Bálcãs por volta do século IV e, logo após, avançaram pela Itália. Na ocasião da ameaça dos Hunos, os Visigodos foram ajudados pelos romanos, momento em que houve grande contato entre as culturas. Em retribuição, os Visigodos prestaram grandes ajudas aos romanos, mas o pacto de passividade foi quebrado e os povos considerados bárbaros atacaram Roma novamente.
            No século VIII, por fim, acabaram enfrentando movimentos de resistência e invasões que levaram ao fim da monarquia visigótica que havia sido estabelecida na Península Ibérica. A invasão muçulmana foi o principal fator para enfraquecer os Visigodos na região e encerrar seu reinado.
            Aliados aos romanos, os Visigodos eram encarregados de proteger Região. Ao enfrentar diversos conflitos, seus domínios acabaram reduzindo, controlados por Suevos e Bizantinos.

ANGLO-SAXÕES (450 – 1035 d.C)
            Com a invasão da Europa Ocidental pelos Visigodos, as tropas romanas se retiram e se aliaram aos Anglo-Saxões e Jutos. Dessa união, surgiram sete reinos, chamados de Heptarquia Juto-Anglo-Saxônica.

IMPÉRIO CAROLÍNGIO
            A maioria dos reinos bárbaros formados a partir da destruição do Império Romano do Ocidente teve vida curta. Saxões, visigodos, ostrogodos alamanos, burgúndios e outros povos não resistiram às pressões externas e acabaram dominados ou destruídos. A diferença dos Francos para os outros povos bárbaros foi  justamente a sólida estrutura política que ajudou na expansão.
Dinastia dos Reis Merovíngios (século V a VIII) - período da formação do reino franco, das suas primeiras expansões territoriais e da aliança estabelecida entre o rei e a Igreja Católica Romana.
Dinastia dos Reis Carolíngios (século VIII e IX) - período do apogeu dos francos, da sua máxima expansão territorial e da tentativa de se fazer ressurgir, sob o governo dos francos, a autoridade de um império universal.
Na segunda onda invasora dos povos germânicos esse quadro começou a mudar, integrado pelos francos, anglo-saxões e lombardos. Esses grupos conquistaram, respectivamente, a Gália, a Inglaterra e o norte da Itália, territórios por onde se expandiram. Esses novos invasores germânicos haviam sofrido pouca ou nenhuma influência romana.
Essa segunda onda ainda diferenciou-se da anterior em outro aspecto: os invasores não negociaram nada, simplesmente tomaram as terras.
De todos os povos bárbaros germânicos, os francos merecem especial atenção, pois conseguiram estruturar um poderoso Estado de grande significação na Alta Idade Média européia. Esse Estado franco formou-se e expandiu-se sob o governo de duas dinastias:

Os Merovíngios
Meroveu foi líder dos francos na primeira metade do século V, chefiando seu povo na luta contra os hunos (Batalha dos Campos Catatônicos). Por descender de Meroveu, a primeira dinastia dos reis francos é denominada merovíngio.
Em termos efetivos, o primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de Meroveu), que governou durante vinte nove anos (482-511). Clovis conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao cristianismo católico.
Só com a subida de Carlos Martel (714-741), o reino adquiriu grande prestigio e poder, principalmente depois de conseguir deter o avanço dos árabes muçulmanos em direção à Europa Ocidental.
Foi na famosa Batalha de Poitiers, em 732 contra os mulçumanos que ele Interrompeu o seu avanço em direção à Europa, Carlos Martel ficou conhecido como o salvador da cristandade ocidental.
Em 747 Carlomano, filho de Carlos Martel,  entrou para a vida monástica, deixando para Pepino todos os poderes políticos deixados pelo pai. Em 751, Pepino destronou o último e enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e fundou a dinastia carolíngia.
Durante o período merovíngio, o processo de ruralização da economia, originado no Baixo Império romano, fortaleceu-se devido à decadência do artesanato, à destruição de estradas e à escassez de moeda.
Conseqüentemente, o comércio e as cidades entraram em declínio. As atividades econômicas reduziram se à agricultura, e a única forma de riqueza era a terra. No final do século VII e início do VIII, período em que Carlos Martel defendia heroicamente a Gália dos ataques árabes, estes já haviam conquistado o Mediterrâneo, impossibilitando que outros povos navegassem pelo litoral dos reinos bárbaros.


Os Carolíngios
Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do papa Zacarias para o destronamento do último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro.
Antes de morrer, 768, Pepino dividiu reino entre seus dois filhos: Carlos Magno e Carlomano. Porém, três anos após receber sua parte no reino (771), Carlomano morreu e Carlos Magno tornou-se soberano absoluto do reino franco. Através de diversas guerras como: 
» 773 - derrotou os lombardos anexando em seu território o norte da Itália.
» 778 – estabeleceu uma posse franca na Espanha.
» 804 – submeteu os saxões que havia no norte do seu reinado.
Carlos Magno ampliou os domínios dos francos, apoderando-se de regiões como a Saxônia, Baviera, Lombardia e quase toda a Itália. Suas conquistas trouxeram-lhe prestígio e poder.
O império Franco não tinha capital fixa. Sua sede dependia do lugar onde se encontrava o imperador e sua corte. De modo geral, Carlos Magno permanecia por maior tempo na cidade de Aquisgrã.
Para administrar um império tão grande, Carlos Magno estabeleceu muitas normas escritas, as chamadas capitulares, que funcionavam como leis.
 Entre os administradores estavam:
 » Condes: responsáveis pelo cumprimento das capitulares e pela cobrança de impostos dos condados, ou seja, territórios do interior;
 » Marqueses: cuidavam cabia defender e administrar os territórios situados na fronteira do império, ou seja, das marcas.
 » Missi-dominici: inspetores do rei, que  viajavam por todo o reino para fiscalizar a atividade dos administradores locais.
Guerreiro audacioso, Carlos Magno dedicou-se, durante toda a vida, muito à espada do que ao cultivo do espírito, permanecendo analfabeto praticamente até a idade adulta. Entretanto, na qualidade de administrador, preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural do Império Franco, talvez para dar legitimidade à pretendida recriação do Império Romano Ocidental.
Assim, o período de seu governo foi marcado por significativa atividade cultural, que abrangeu os setores das letras, das artes e da educação. Trata-se da chamada renascença carolíngia, que contribuiu para a preservação e a transmissão de valores da cultura da Antiguidade Clássica.
Em 840, o império foi disputado elos netos de Carlos Magno, numa desgastante guerra civil.
Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os netos  firmaram a paz, estabelecendo a seguinte divisão do Império Franco:
Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental, compreendendo a região da Franca atual;
Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental, compreendendo a região da Alemanha atual;
Lotário ficou com a Parte central, compreendendo regiões que estendiam da Itália até o mar do Norte.

Em cada uma dessas regiões carolíngias foi perdendo o poder, com as sucessivas divisões internas dos reinos. Assim, a ora de unidade política realizada por Carlos Magno não conseguiu sobreviver um século depois de sua morte.

O desmembramento do poder real dos monarcas carolíngios foi acompanhado pela crescente independência e autonomia da nobreza agrária. Houve forte descentralização e fragmentação do poder político, evidenciando a crise interna vivida pelo império.

Depois de um período sem invasões, a Europa cristianizada sofreu uma série de novas invasões, nos século IX e X, em três grandes frentes: leste, norte e sul.

Do leste vieram os húngaros (magiares), que promoveram ataques periódicos, saqueando vilas, mosteiros e propriedades rurais.

Do norte ocorreu a invasão dos vikings (escandinavos), que, vindos da Dinamarca pelo mar do Norte, lançaram-se em constantes ataques de pirataria locais do litoral europeu.
Pelo sul chegaram os árabes, de religião muçulmanos, que, dominando a navegação pelo mar, Mediterrâneos lançaram-se em sucessivos ataques de pilhagem e diversas regiões da Itália (Roma, Campânia e Lácio) e as grandes ilhas (Sicília, Córsega e Sardenha).
E assim mais um império desaparece, deixando para as gerações seguintes sua cultura e personagens importantes para serem estudados e assim lembrados mais uma vez.

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