domingo, 3 de julho de 2011

O Cotidiano em Roma - Problemas habitacionais

1.0 Problemas habitacionais

Os romanos conseguiram construir um império imenso. Nem por isso, puderam proporcionar condições de vida satisfatórias a todos os seus habitantes.
O conforto e a civilização existentes na época eram partilhados exclusivamente pelas classes sociais abastadas, que eram a minoria. A maior parte dos habitantes de Roma ocupava um espaço doméstico medíocre, desde o tempo dos reis até a época dos imperadores.

1.1 Casa romana

As primeiras moradias romanas eram simples cabanas circulares cobertas com palha e possuíam, apenas, uma porta de entrada.
A forma circular ou quadrada que tinham as primeiras residências foi sendo, com o passar do tempo, substituída por uma planta retangular. O número de cômodos inicialmente um só, também sofreu alteração.
“Átrio” era como os romanos designavam, inicialmente, a dependência única que existia em suas casas. O tablinum era uma dependência que passou a ser edificada atrás do átrio, era uma espécie de estúdio ou escritório, e também o lugar onde a família se reunia.

Átrio: parte principal da casa
Tablinum: local em que ficava o chefe de família, espécie de estúdio ou escritório, e também o lugar onde a família se reunia. Era como uma sala de estar.
Peristilo: um local rodeado de colunas em torno de uma área descoberta.
Triclínio: foi o lugar no qual as refeições passaram a ser servidas, tornando-se verdadeiras salas de jantar. Os homens comiam em leitos e as mulheres em cadeiras.
Culina: cozinha da casa.
Cubiculum: quartos.

Na época da república, a habitação romana já apresentava um aspecto bem mais sofisticado. Além do átrio e don tablinum possuía também outras dependências: o peristilo (local rodeado de colunas, em torno de uma área descoberta) e o triclínio (lugar no qual as refeições passaram a ser servidas).
As conquistas romanas no Oriente contribuíram para que as casas passassem a ser cada vez mais luxuosas.
No período republicano, as casas começaram a apresentar cobertura com telhas, revestimentos de mármore, pinturas, mosaicos, jardins nos fundos.
Mais tarde, no tempo do império, o luxo veio a se tornar ainda mais refinado, chegando muitas casas a contar com aquecimento central e acabamento não só com mármore, mas até com ouro, marfim e pedras preciosas.
Geralmente construídas em um só andar, as casas romanas avançavam até a rua, mas não tinham janelas voltadas para ela. Com isso a iluminação natural era muito deficiente.

1.1.1 A iluminação

Os romanos usavam tochas embebidas em gordura, velas de cera e sebo, além de lamparinas a óleo com mechas de estopa impregnadas com cera.
As luminárias que existiam nas casas dos mais ricos apresentavam as mais variadas formas, como a de estátuas douradas. Eram usadas também lanternas feitas de chifre, de vidro ou pele de boi.
Os mais pobres usavam velas, tochas ou lamparinas fumarentas a óleo, que mal conseguiam eliminar a escuridão.

1.1.2 O quarto

Os quartos nas residências construídas em Roma tinham, geralmente, pequenas dimensões, cabendo neles apenas a cama, uma arca ou baú, uma cadeira e um urinol.

1.1.3 Jardim

Os jardins romanos localizavam-se nos fundos das residências e eram muito bem-cuidados.

1.2 As insulas: os arranha-céus antigos

            Em Roma, à medida que a população foi aumentando, agravou-se bastante o problema habitacional, a volumosa população atingiu altos níveis de concentração.
            Uma solução encontrada pelos arquitetos foi a construção de insulas, que eram edificações enormes, ocupavam área equivalente a um quarteirão e alcançavam grande altura.
            As insulas tinham alicerces fracos e paredes frágeis, por esses motivos sua segurança deixava a desejar. Externamente, as insulas tinham fachada uniforme, recortada por um grande número de janelas. Nos pavimentos térreos das insulas, existiam lojas abertas para a rua.
            As ínsulas, habitadas geralmente por pessoas mais pobres, ofereciam condições de habitação muito precárias. Não tinham banheiros e também não possuíam cozinha.
            O uso e aquecedores portáteis e fogões também colaborava para que o perigo de incêndio fosse sempre iminente.
Mesmo sendo uma solução urbana de tão duvidosos resultados, as insulas se multiplicaram muito durante o império. Chegaram mesmo a superar de longe, em número, as casas existentes em Roma.
            Haviam também “vilas”(pesquisar).

1.4 O interior das casas romanas

            A parte interna das casas mostrava, nos primeiros, tempos uma simplicidade muito grande. No início do período republicano, a impressão de nudez dos ambientes domésticos ainda prevalecia.
Na etapa final da república, apareceram em Roma, pela primeira vez, móveis orientais fabricados com madeiras preciosas, apresentando incrustações de marfim, enfeites de bronze, ouro e prata.
            A partir do império, o luxo tornou-se maior e o mobiliário passou a ser mais abundante.
            Os romanos não usavam as camas apenas para dormir, mas também para ler, escrever e meditar.
            Os móveis mais bonitos das casas romanas eram as mesas, que junto com móveis baixos e prateleiras, existiam principalmente para servir de suporte para objetos preciosos.
            Outros móveis comuns nas casas ricas dos romanos, na época do império, eram os armários de madeira ou de metal, como também arcas e baús para guardar roupas de cama. Nas cozinhas, os utensílios utilizados pareciam-se bastante com os de nossos dias, como as panelas, conchas e facas.
            Muito comum foi o uso de odres e de ânforas, que serviam para armazenagem de líquidos, especialmente vinho, que era fervido antes de ser guardado.
            Os copos, nas casas dos pobres, geralmente eram de argila, mas os poderosos possuíam-nos de ouro, de prata e até mesmo feitos inteiramente de pedras preciosas. Braseiros portáteis, baixelas de vapor, tapetes e ornamentos os mais delicados também eram de uso comum nas dependências dos romanos mais ricos.

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